Chip Anticoncepcional Implanon: Tudo o que Você Precisa Saber Antes de Optar pelo Método
O chip anticoncepcional Implanon tem ganhado espaço na conversa de milhões de brasileiras que buscam segurança reprodutiva, praticidade e menor risco de esquecimentos.
Se você já cansou de pílulas diárias, tem medo de procedimentos invasivos ou simplesmente deseja testar um método de longa duração, este artigo foi feito para você.
Nas próximas linhas, vamos destrinchar como funciona o implante subcutâneo, comparar seus resultados com outros contraceptivos, trazer casos reais (incluindo a experiência da criadora de conteúdo Fabi Santina) e apresentar as perguntas que mais aparecem nos consultórios.
Prepare-se para adquirir conhecimento respaldado por evidências, histórias reais e opiniões de especialistas em um único lugar.
1. Panorama dos Métodos Contraceptivos no Brasil
Ao analisar dados do Ministério da Saúde (2023) e da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, percebemos que mais de 44% das brasileiras em idade fértil utilizam métodos hormonais, enquanto 25% recorrem a dispositivos intrauterinos (DIU) e 12% confiam na preservação masculina como principal proteção.
A escolha normalmente passa por três filtros: eficácia, efeitos adversos e praticidade.
1.1 Eficácia como prioridade
Na escala de Pearl, que mede falha contraceptiva, implantes como o Implanon apresentam índice inferior a 0,5, rivalizando com esterilização definitiva.
Pílulas combinadas ficam entre 0,3 e 9, a depender da adesão. Essa diferença faz toda a diferença em planejamentos de vida profissional, acadêmica e familiar.
1.2 O papel da praticidade
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), esquecimento de comprimidos é o maior gatilho de gestações não planejadas. Métodos LARC (Long-Acting Reversible Contraception), como o Implanon e o DIU, eliminam o fator humano do “esquecer”, proporcionando tranquilidade durante anos.
A cada 100 mulheres que tomam pílula regularmente durante 12 meses, até 9 engravidarão por falha de uso. Entre usuárias do Implanon, menos de 1 terá gravidez não planejada no mesmo período.
2. O que é o Implanon e por que virou tendência
Implanon NXT é um bastonete flexível de 4 cm x 2 mm, composto por etonogestrel. Ele é introduzido no tecido subcutâneo, geralmente na face interna do braço não dominante, sob anestesia local. O método foi aprovado pela ANVISA em 2008 e, desde então, vem conquistando espaço em consultórios, postos de saúde e redes sociais.
2.1 Mecanismo de ação
O dispositivo libera doses constantes de progestagênio por difusão, inibindo a ovulação, aumentando a viscosidade do muco cervical (dificultando a ascensão dos espermatozoides) e tornando o endométrio pouco receptivo para implantação embrionária. O triplo bloqueio confere alta confiabilidade, mesmo em condições de uso cotidiano.
2.2 Tendência nas redes
Influenciadoras como Fabi Santina, Bianca Andrade e Thaynara OG relataram a adoção do chip, contribuindo para o salto de 38% na busca pelo termo “Implanon” no Google Trends entre 2020 e 2023. O apelo “colocou, esqueceu” encontra ressonância em rotinas atribuladas e emergiu como resposta moderna à incerteza do “Lembrei de tomar?”
Caso você viaje com frequência, o Implanon elimina preocupações sobre fuso horário e necessidade de prescrição no exterior.
3. Colocação, Eficácia e Durabilidade do Chip
O procedimento dura menos de 10 minutos, feito em consultório sob anestesia local. A profissional utiliza um aplicador estéril descartável que insere o bastonete na camada subdérmica. Não há sutura; um pequeno curativo compressivo fica por 24 horas. A eficácia é praticamente imediata se o implante for colocado até o quinto dia do ciclo menstrual.
3.1 Passo a passo resumido
- Avaliação clínica e exame físico.
- Explicação de riscos, assinatura de termo de consentimento.
- Anestesia local (lidocaína 2%).
- Inserção do bastonete com aplicador.
- Palpação para confirmar posição.
- Curativo e orientações de cuidados.
3.2 Durabilidade e reversão
O Implanon tem validade de três anos. Passado esse período, deve ser removido ou substituído. Se a mulher desejar engravidar antes, a fertilidade retorna em cerca de 6 a 8 semanas, demonstrando reversibilidade rápida.
“Implanon é tão eficaz quanto a laqueadura, mas 100% reversível e com custo-benefício superior quando analisamos os três anos de proteção.”
— Dra. Lílian Bittencourt, ginecologista e membro da Febrasgo
4. Efeitos Colaterais: Mitos e Realidades
Muitas mulheres temem ganho de peso, acne ou ausência completa de menstruação. A literatura mostra que:
- Amenorreia: ocorre em aproximadamente 20% das usuárias, sem prejuízo à saúde.
- Alteração de sangramentos: 30% relatam spotting (sangramento de escape) especialmente nos três primeiros meses.
- Ganho de peso: estudos randomizados apontam média de 1,3 kg em 12 meses, sem diferença estatística em relação a placebo.
- Acne: 12% percebem piora, mas 6% relatam melhora, variando conforme predisposição individual.
- Migração do implante: raríssima (0,01%), evitável com técnica correta e checagem por ultrassom.
Ao contrário do que se difunde em fóruns, o Implanon não contém estrogênio. Portanto, ele reduz risco de trombose em comparação a pílulas combinadas, tornando-se opção segura para quem possui contraindicação ao estrogênio, como mulheres fumantes acima de 35 anos ou com histórico familiar de trombofilia.
Sangramentos prolongados podem ser manejados com anti-inflamatórios não hormonais ou, em casos persistentes, pílula combinada de curto curso. Procure seu ginecologista antes de suspender o método.
5. Comparativo com Outras Opções Hormonais e Não Hormonais
Para selecionar o método ideal, vale colocar prós e contras lado a lado. A tabela a seguir apresenta uma visão panorâmica:
| Método | Eficácia (Índice de Pearl) | Pontos-chave |
|---|---|---|
| Implanon | <0,5 | Duração 3 anos; sem estrogênio; inserção simples |
| DIU de Cobre | <1 | Sem hormônios; pode aumentar fluxo menstrual |
| DIU Mirena™ (levonorgestrel) | <0,5 | Duração 5 anos; reduz cólicas; custo inicial maior |
| Pílula Combinada | 0,3–9 | Uso diário; risco de trombose; regula ciclo |
| Injeção Trimestral | 0,2–6 | Aplicação a cada 90 dias; possível ganho de peso |
| Camisinha Masculina | 2–18 | Protege contra ISTs; uso sob demanda |
| Diafragma | 6–16 | Reutilizável; exige adaptação anatômica |
| Laqueadura | <0,5 | Irreversível; procedimento cirúrgico |
5.1 Critérios de escolha
A ginecologista analisa histórico médico, estilo de vida, orçamento e planos de maternidade. Mulheres que desejam engravidar em 12 a 18 meses podem preferir pílula, enquanto quem quer “pausar” fertilidade por alguns anos tende a migrar para LARC.
5.2 Lista de pontos a considerar
- Pretensão de gravidez a curto ou médio prazo.
- Tolerância a hormônios e histórico de trombose.
- Custos iniciais versus custo mensal.
- Hábitos de viagem e rotina atribulada.
- Medo de procedimentos invasivos.
- Necessidade de proteção contra ISTs.
- Aceitação de possíveis alterações menstruais.
6. Experiência da Fabi Santina: Aprendizados Práticos
No vídeo embedado, Fabi relata tentativas anteriores com pílulas e DIU hormonal, pontuando efeitos adversos como enxaquecas e escapes frequentes. Ela optou pelo Implanon em razão da “praticidade absoluta” e do desejo de evitar estrogênio.
6.1 Da decisão à colocação
Fabi agendou consulta, realizou exames de rotina (hemograma, perfil lipídico e ultrassom pélvico) e, duas semanas depois, inseriu o chip. Sua taxa de dor foi “4/10” e o curativo foi retirado após 24 h.
6.2 Três meses depois
- Spotting leve em dois ciclos.
- Nenhum ganho de peso perceptível.
- Amenorreia completa no terceiro mês.
- Sem alteração de libido.
- Satisfação geral: 9/10.
O depoimento reforça a importância de acompanhar evolução com diário de sintomas e manter canal aberto com a equipe médica.
- Manter local seco por 24 h.
- Evitar exercícios de braço intensos por 48 h.
- Observar hematomas e dor após 72 h.
- Agendar revisão em 1 mês.
7. Perguntas Frequentes sobre o Implanon
7.1 FAQ Completo
- 1. Colocar o Implanon dói?
- O procedimento é feito sob anestesia local; a maioria descreve sensação de pressão, não dor aguda.
- 2. Ainda preciso de camisinha?
- Sim, o Implanon não previne infecções sexualmente transmissíveis.
- 3. Quanto custa em média?
- Valores variam de R$ 1.100 a R$ 1.800 em clínicas particulares, incluindo material e honorários. No SUS, está disponível em unidades de saúde de referência.
- 4. Posso fazer ressonância magnética?
- Sim. O bastonete é compatível com procedimentos de imagem; apenas informe à equipe.
- 5. Engravidei usando Implanon. É possível?
- Extremamente raro. Caso ocorra, há maior chance de gravidez ectópica, exigindo avaliação imediata.
- 6. O chip interfere em exames de sangue?
- Não altera resultados de rotina, mas pode impactar levemente perfil lipídico; sinalize ao laboratório.
- 7. Preciso esperar sangrar para saber se está tudo bem?
- A ausência de menstruação é esperada. Sinais de alerta incluem dor intensa, inchaço ou palpação difícil do bastonete.
- 8. É verdade que o Implanon causa depressão?
- Não há evidência causal forte. Contudo, alterações de humor ocorrem em até 4% das usuárias. Procure acompanhamento psicológico se notar sintomas persistentes.
8. Cuidados, Custo e Acesso no Sistema de Saúde
Embora o preço inicial possa assustar, analise o investimento diluído em 36 meses. A um custo médio de R$ 1.500, o valor mensal fica em torno de R$ 42, abaixo de muitas pílulas de marca. No SUS, o Implanon faz parte da Política Nacional de Planejamento Reprodutivo, mas a oferta varia por município.
8.1 Como conseguir pelo SUS
Procure o ambulatório de planejamento familiar do seu bairro. A regra geral exige:
- Consulta médica e solicitação de implante.
- Exames laboratoriais básicos.
- Avaliação de contraindicações.
- Agendamento de inserção em centro de referência.
8.2 Seguro-saúde e reembolso
Planos de saúde de abrangência nacional costumam cobrir procedimento e material, desde que haja prescrição médica. Verifique carências contratuais e peça orçamento detalhado para garantir ressarcimento.
Algumas farmácias oferecem programas de fidelidade da MSD (fabricante), com descontos de até 20% no bastonete mediante cadastro simples e receita digital.
8.3 Acompanhamento de longo prazo
Mesmo com baixa manutenção, recomenda-se revisão anual para checar localização do implante e avaliar perfil metabólico. Mulheres com IMC > 30 podem necessitar de monitoramento extra — há relatos de eficácia reduzida em obesidade severa, embora ainda dentro de margens seguras.
Conclusão
- Implanon oferece proteção altamente eficaz por três anos.
- Procedimento é rápido, reversível e tem perfil seguro para quem não pode usar estrogênio.
- Efeitos colaterais existem, mas costumam ser manejáveis.
- Custo inicial se dilui ao longo do tempo, e o método está disponível pelo SUS.
- Decisão deve ser personalizada, considerando estilo de vida e histórico médico.
Se você busca tranquilidade e praticidade, o chip anticoncepcional Implanon pode ser o parceiro ideal na sua jornada de planejamento familiar. Agende uma consulta, leve as perguntas deste artigo e abra o diálogo com seu ginecologista. E não se esqueça de conferir o vídeo completo da Fabi Santina para ver na prática como foi todo o processo dela. Compartilhe este artigo com amigas que também estejam pesquisando métodos contraceptivos — informação de qualidade muda vidas.
Créditos: Conteúdo inspirado no vídeo “MEU NOVO MÉTODO CONTRACEPTIVO: CHIP ANTICONCEPCIONAL IMPLANON + COMO FUNCIONA?” do canal Fabi Santina.
Olá! Meu nome é Zaira Silva e sou apaixonada por tornar a vida mais leve, prática e organizada — especialmente depois que me tornei mãe.
Criei o Organiza Simples como um cantinho acolhedor para compartilhar tudo o que aprendi (e continuo aprendendo!) sobre organização da casa, da rotina e da mente, sem fórmulas impossíveis ou metas inalcançáveis.
